domingo, novembro 08, 2015

segundo filho

não venho de uma família grande.
os meus avós paternos tiveram dois filhos, tal como os meus avós maternos.
os dois filhos dos meus avós paternos, pai e tia, tiveram um filho cada um.
os dois filhos dos meus avós maternos, mãe e tio, tiveram três filhos em conjunto.

do lado da minha mulher, a história muda um pouco, mas também não estamos a falar de 12 tios com 27 primos. maior que a minha, mas não gigante.

isto tudo para dizer umas coisas:

primeira: a descontração com que se cuida do segundo filho é algo que apenas sabia existir na teoria. mas na prática é mesmo assim. é tudo muito mais relaxado e acredito que esta descontração toda, acabe por ser transmitida dos pais para a segunda cria.

segunda: eles não são iguais. podem ser filhos da mesma mãe e do mesmo pai. partilhar os mesmos genes não significa ser igual. até agora, comparando a primeira semana de vida de um e do outro, o tiago era o dia e o miguel é a noite. um dormia mal, o outro dorme bem. um comia mal, o outro come bem. um chorava por tudo e por nada, o outro é paz de alma.

terceira: pensava que o departamento na minha alma com a etiqueta "amor incondicional para descendentes" tinha a quota máxima. nunca pensei ser possível gostar tanto de outro ser vivo como gosto do tiago. várias vezes na brincadeira dizíamos cá em casa "não vamos gostar tanto do miguel como gostamos do tiago. é impossível!". é possível sim, miguel. com o primeiro olhar que te dei, dois segundos depois de teres saído da tua mãe, senti imediatamente e com a mesma intensidade o amor que sinto pelo teu irmão.

penso que conseguimos garantir quase com 100% de certezas que não vos iremos abandonar.

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