sexta-feira, junho 10, 2016
boas e más pessoas (parte 2)
como escrevi no passado mês de abril, há boas e más pessoas neste mundo.
o exemplo que dei na altura foi o mais directo que me era possível: eu sendo a má pessoa e a minha mulher seria o oposto disso.
há dias sucedeu algo que comprovou uma vez mais a minha teoria.
estava parado no pára-arranca de um semáforo, em último na fila, quando reparo pelo retrovisor numa mota da telepizza a vir mais rápido do que devia. à medida que se ia aproximando, calculei que se nada fizesse, o meu pára choques traseiro iria sofrer com isso. avancei um pouco e guinei para a direita. no último segundo, o tipo da telepizza corrige a sua trajectória e perde o controlo da mota. para tentar evitar o choque directo, atira-se deliberadamente para o chão, estatelando-se juntamente com a mota, caindo a poucos centímetros do meu carro.
saí imediatamente do carro e fui ver em que estado tinha o pára-choques. nada, nem um arranhão. de seguida, fui ter com o rapaz da telepizza e perguntei-lhe se estava bem, ao que me respondeu que sim. levantou-se, meteu-se em cima da mota e arrancou.
entrei para o carro e pus-me em direcção ao meu destino. ao reparar na cara de incredulidade da minha mulher, perguntei-lhe o que se passava. respondeu-me: "tens as prioridades um bocado trocadas, não tens?!"
"tenho? porquê?"
"primeiro foste ver se o teu carro estava bem e só depois foste perguntar se o rapaz estava bem..."
"gostas de me fazer sentir mal, não gostas?!"
"não. estava apenas a relatar o que se passou"
fiquei a sentir-me mal o resto do dia. nessa mesma noite, decidi fazer um donativo anónimo à ACA-M (associação de cidadãos auto-mobilizados) para tentar aliviar um pouco a pressão psicológica que me foi feita.
(é mentira...fiz um donativo para uma grade de minis e tremoços e vi o resumo do tricampeão 2015/16)
como escrevi no passado mês de abril, há boas e más pessoas neste mundo.
o exemplo que dei na altura foi o mais directo que me era possível: eu sendo a má pessoa e a minha mulher seria o oposto disso.
há dias sucedeu algo que comprovou uma vez mais a minha teoria.
estava parado no pára-arranca de um semáforo, em último na fila, quando reparo pelo retrovisor numa mota da telepizza a vir mais rápido do que devia. à medida que se ia aproximando, calculei que se nada fizesse, o meu pára choques traseiro iria sofrer com isso. avancei um pouco e guinei para a direita. no último segundo, o tipo da telepizza corrige a sua trajectória e perde o controlo da mota. para tentar evitar o choque directo, atira-se deliberadamente para o chão, estatelando-se juntamente com a mota, caindo a poucos centímetros do meu carro.
saí imediatamente do carro e fui ver em que estado tinha o pára-choques. nada, nem um arranhão. de seguida, fui ter com o rapaz da telepizza e perguntei-lhe se estava bem, ao que me respondeu que sim. levantou-se, meteu-se em cima da mota e arrancou.
entrei para o carro e pus-me em direcção ao meu destino. ao reparar na cara de incredulidade da minha mulher, perguntei-lhe o que se passava. respondeu-me: "tens as prioridades um bocado trocadas, não tens?!"
"tenho? porquê?"
"primeiro foste ver se o teu carro estava bem e só depois foste perguntar se o rapaz estava bem..."
"gostas de me fazer sentir mal, não gostas?!"
"não. estava apenas a relatar o que se passou"
fiquei a sentir-me mal o resto do dia. nessa mesma noite, decidi fazer um donativo anónimo à ACA-M (associação de cidadãos auto-mobilizados) para tentar aliviar um pouco a pressão psicológica que me foi feita.
(é mentira...fiz um donativo para uma grade de minis e tremoços e vi o resumo do tricampeão 2015/16)
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